LENDÁRIAS CASAS NOTURNAS


LENDÁRIAS CASAS NOTURNAS

Madame Satã

E ae galera, cá estou mais uma vez, dessa vez para falar de algumas casas noturnas lendárias no Brasil e no mundo.
Tive a inspiração para esse post, depois de assistir à um documentário muito legal O Importante é Ser Eu e Não o Outro, de Gabriela Prosdocimi da Universidade Metodista de São Paulo, aliás, (aonde eu também me formei) e que conta a história dessa casa lendária paulistana.
No post não vou falar só do Madame, mais sim de outras casas que eternizaram momentos da história da música, da cultura pop, do rock e principalmente, que trazem saudosas lembranças à aquelas pessoas que passaram a sua juventude frequentando esses lugares.
Amores, desilusões, brigas, uso de drogas, sexo, enfim, tudo que pode acontecer dentro dessas paredes que cercam o imaginário das pessoas.
Obviamente, eu não conseguirei falar de todas as casas mais importantes do mundo, mais pretendo fazer outros volumes, citando outras casas. Vamos considerar esse, a parte 1, depois pretendo colocar a parte 2, 3 e assim por diante, até atingir um número interessante de lugares considerados "sagrados" para o movimento rock, gótico, pop e outros estilos musicais e culturais.Porque essas casas, possuem uma importância imensa, na divulgação dos artistas, muitos começaram a sua tragetória nesses lugares e hoje são artistas consagrados.
E analisando o outro lado, alguns desses lugares simplesmente são lembrados por algumas pessoas, por ter feito parte da vida dessas pessoas, seja na adolescência, seja no começo da vida adulta, enfim, lugares que com certeza estão guardados no coração de muita gente que viveu principalmente os anos 80 e 90 de maneira intensa. 

Boa leitura!!!


MADAME SATÃ
(São Paulo - Brasil)

Fila para entrada na casa

Inaugurada em 21 de Outubro 1983, à meia noite, o Madame Satã foi talvez a casa mais importante de São Paulo, quiça do Brasil no que se refere a cultura pop, rock, new wave, aonde não apenas se ouvia música na pista, mas aonde você poderia ver performances de artistas em geral, atores, atrizes, travestis, mulheres fazendo strip tease, eventos aonde faziam leitura de poemas, desfile de moda e shows de bandas não só de rock. Além de usufruir de um bar que servia de tudo que era bebida alcóolica.
A casa teve vários nomes, eis alguns deles: Satã, Madame, Casarão, The The e Morcegóvia.
Nesse lugar, muitos artistas que são muito conhecidos hoje passaram, além de jornalistas, estilistas, poetas, DJs, enfim, uma infinidade de pessoas que fizeram da casa, uma casa lendária.

Muitos que frequentaram a casa desde o começo, dizem que o Madame Satã, hoje com o nome apenas Madame, viveu seu auge nos seus 4 primeiros anos.

A casa foi criada por 4 amigos, Márcia, Mirian, Wílson e Williams que faziam teatro que tiveram a idéia de fazer a casa. No começo era um bar aonde aconteciam alguns eventos depois virou uma casa que abrigava as diferentes tribos e uma salada cultural de eventos.

Quando eu falo salada cultural, é que em alguns anos da casa, numa mesma noite você poderia ver, um show de strip tease, um evento relacionado à poemas, shows de bandas, performances de travestis e ainda música na pista.

No documentário que assisti, o Clemente da banda Inocentes, diz que hoje dificilmente existiria uma casa como o Madame. Não pela incapacidade de fazer algo parecido, mais pelo público. Vivíamos em São Paulo um momento cultural e principalmente musical ríquissimo. A New Wave extava explodindo nas baladas não só da capital paulista, mais no mundo inteiro. Para quem viveu esse momento e frequentou a casa, só resta a saudade e as lembranças das coisas que aconteceram.

Eis uma pequena amostra das bandas e dos artistas que se apresentaram no lugar:

RPM
Titãs
Fellini
Akira S e As Garotas que Erraram
Gerald Thomas
Renato Cohen
Carla Camurati
Arrigo Barnabé
Chico Botelho
Jardim Elétrico
Azul 29

Além dos artistas o Madame tinha alguns personagens ícônicos, como por exemplo a Mulher Repolho, que nada mais era do que uma mulher, que ficava comendo repolho dentro de uma jaula. Tinha também o famoso Mãozinha, que era um sujeito estranho, que pouco falava, que ficava normalmente em alguns lugares estratégicos da casa, para ver as garotas que frequentavam a casa passarem de mini-saia com seus scarpans e ele tinha um desejo meio estranho de que as mulheres pisassem em sua mão com o salto.

Abaixo alguns artistas que se apresentaram na casa, após a sua reabertura.

As Mercenárias
Cida Moreira
Inocentes
Edgard Scandurra
Kães Vadius
D-Vision
Covenant
Zé do Caixão
Douglas McCarthy
Vomito Negro
Severe Illusion
Toninho do Diabo

Eu particularmente fui à casa acho que uma ou duas vezes, não lembro ao certo. Mais confesso que quando entrei, eu senti que aquile lugar não era um lugar comum.
Quando fui, a casa ainda se chamava Madame Satã. Lembro também que a galera era louca para pegar aquele adesivo preto que tinha o logo da casa.
Adesivo que mostro na figura abaixo:

Adesivo do Madame

Entrei vi aquele bar enorme, um monte de gente bem estranha...rss, a arquitetura do lugar, lembrava uma casa antiga daqueles filmes de terror dos anos 70. Resolvi então descer para a pista. Era uma espécie de portão da casa. Nossa, não dava para enxergar nada. Você esbarrava nas pessoas e as vezes vinha uma luz, que parece que distorcia os rostos das pessoas, era um lance muito sinistro. As pessoas estavam dançando e pareciam que vinham na sua direção, parece que você ia bater de frente só que depois elas desviavam. Tinha também uma área externa que dava para tomar um ar, muitos usavam para fumar e uma das atrações era um morcego que você via batendo asas na parede, mas você procurava para todo lugar e não encontrava o que estava gerando aquela sombra do morcego na parede. Muitos brincavam, que via o morcego sair dali, mais eu acho que aí já era o efeito do alcool dominando o cidadão...hehehehehehe

Pista do Madame

Na pista, tocava muita coisa boa. Lembro que no dia que fui, tocou Surfin Bird dos Ramones, além de Smiths, The Mission, The Cure, Sisters of Mercy entre outras bandas.
Tinha um cantinho também, aonde o pessoal se "acabava" literalmente. Eu não vi, mais muitos conhecidos meus, que já frequentavam à casa antes, garantiam que rolava sexo dentro da casa. Nos becos mais escuros e escondidos. Eu não dúvido.

Hall do Bar do Madame

Brigas também eram frequentes. Punks, carecas, skinheads, góticos, motociclistas, black metallers, entre outras tribos protagonizaram algums brigas homéricas, o interessante é que em tudo que li sobre a casa, não encontrei um relato de quebradeira ou ato contra a casa em si.
Normalmente o pau rolava solto sim, mais só na rua. Todos respeitavam à casa.

Punks
As performances também eram comuns no Madame. Performances de todos os tipos, desde strip tease de garotas, até travestis cantando e dançando.
Abaixo uma foto do travesti Claudia Wonder em uma de suas mais famosas performances na banheira.

Claudia Wonder na banheira de sangue
Uma coisa interessante à se dizer é que nessa época da apresentação na banheira, a AIDS estava chegando ao Brasil. Em pouco tempo se tornou meio paranóia, de muitos frequentadores, achar que poderia pegar a doença compartilhando um copo, ou simplesmente enconstando em alguém daquele grupo, (que julgavam ser grupo de risco), o que ficou compravado depois, que não existia grupo de risco e sim que qualquer um pode pegar a doença. É óbvio que uma prostituta que transa sem camisinha, tem muito mais chances do que uma pessoa que se previne, mas isso não impede que uma dona de casa, pegue a doença do seu marido que pulou a cerca...enfim....

A droga também rolava solta dentro da casa, principalmente cocaína, mas como no próprio documentário que assisti relatam que os punks não usavam muito não, (dentro da casa), porque normalmente não tinham dinheiro para isso, a cocaína especificamente era coisa mais de playboy. Os mais endinheirados tinham grana para manter o vício.

Uma coisa que fique bem claro, na época que eu fui, eu nunca vi essas performances relatadas acima e muito menos usei droga....rsss
Quem usa, sabe aonde o sapato vai apertar um dia, então não julgo, mais não sou a favor.

Agora voltando ao assunto das performances, eu acho que elas aconteciam mais nos primeiros anos da casa. Na época que eu fui, vamos dizer assim, que a casa já estava bem mais light. Eu não vi nem a tal Claudia e nem o Mãozinha....rss


foto tirada nos anos 80
Fachada do local
Foto do Madame à noite

Marcelo Leite de Moraes escreveu um livro sobre a casa, contando algumas histórias vividas nesse local, eu particularmente não li o livro, mais pretendo comprá-lo em breve. Fica a dica aí, para quem quiser saber mais de tudo que rolou nessa lendária casa.



O que concluo é que o Madame não tinha preconceito. Recebia todos de braços abertos, sejam eles homens, mulheres, gays, lésbicas, travestis, transexuais, artistas, poetas, músicos, jornalistas, enfim, todo tipo de gente e a sua importância para a cena cultural de São Paulo e do Brasil é inegável.

Ouvindo os relatos de quem viveu os anos de ouro do Madame, vemos um sentimento de saudade de nostalgia pura.

Um sentimento de querer voltar no tempo, ou de lembrar de algo que nunca mais acontecerá. Muito semelhante ao sentimento que relatei aqui, das pessoas que foram até Woodstock. Woodstock foi um festival único, assim como o Madame Satã também. Cada um dentro do seu segmento, teve a sua imensa importância e para sempre será lembrado por aqueles que viveram esses momentos especiais.




LED SLAY
(São Paulo - Brasil)


Led Slay
Agora vou falar da casa que mais frequentei na vida. A Led Slay. Não que eu fosse um "baladeiro" nato, mas eu fui algumas vezes à essa casa e me sentia muito à vontade nesse lugar. Mesmo não sendo um primor de lugar......heheheheh
40 anos de rock and roll. Como imaginar que uma casa, pode durar tanto tempo?
Lembro como se fosse hoje, a primeira vez que pisei os pés na Led, logo na entrada eu vi uma tabelinha tosca com os preços. 

10 reais mano
5 reais mina



Eu achei aquilo o máximo...rss

Depois entrando na casa, eu nunca tinha ido à uma casa de rock mesmo, fui entrando naquele corredor escuro e quando chego ao final do corredor me deparo com uma pista enorme, do meu lado direito um palco, bem alto por sinal e do lado esquerdo o lugar aonde ficava a mesa de som, com os djs que comandam as músicas que tocaria na pista e mais alguns sistemas que controlava a iluminação do local.

Mais para o fundo da casa, numa área aberta tinha o bar, os banheiros e uma fonte de água aonde a galera ficava dando um tempo, quando não queriam estar na pista.

Apresentação de banda de black metal

No dia 4 de Agosto de 2011 tudo acabou. Num comunicado sucinto no site da casa, tínhamos a informação que todos os shows daquela data em diante estavam cancelados e que a casa iria mudar de endereço. Um golpe para muitos frequentadores assíduos dessa lendária casa.

Muitas bandas passaram por lá, algumas delas: Grave Digger, Exodus, Gorgoroth, Cannibal Corpse, Candlemass, Viper, Symbols, André Matos (e o que foi o embrião do que viria a se tornar Shaman), entre tantas outras bandas.

A casa era de médio porte e tinha a preferência de muitos headbangers e roqueiros de outros estilos, pelo fácil acesso. Para mim nunca foi tão fácil assim, pois eu morava bem longe.
A casa já vinha sofrendo com problemas e passou pelo vexame de cancelar o show da banda Anathema em cima da hora, em Outubro, por conta da falta de álvara de funcionamento inclusive chegou a ser lacrada por funcionários da subprefeitura da Mooca.

Esse fato, entre outros, como reclamações dos frequentadores quando à infraestrutura, ajudou a espantar eventos internacionais no local, embora ainda fosse considerado um ponto importante para apresentações de bandas de rock em ínicio de carreira ou em fase de consolidação.

Com a extinção da Led no Tatuapé, a Zona Leste ficou com o Kazebre e Fofinho Rock Bar como opções para os roqueiros da região.

MINHA IMPRESSÕES

A Led para mim era um lugar meio selvagem. Os banheiros por exemplo, eram horríveis. As garotas precisavam fazer uma barreira humana, para que os mais tarados, não as vissem fazendo xixi. Os lanches também não eram lá essas coisas e por algumas vezes, a gente pedia uma coisa e vinha outra, por simplesmente aquilo que você tinha pedido, tinha acabado. Lembro da fonte de água, que depois de um tempo secou. Teve uma época que tinha até uma mesa de pingue pongue na área aberta fora do bar, peraí, era pingue pongue ou mesa de pepolim, não lembro agora, enfim, tinha um mesa de jogos.

Nos noites mais frias, lembro que eu ia para a pista para me aquecer, quando eram festivais, que tinha uma banda por hora, enquanto montava a estrutura para o show da próxima banda, eu ia para fora com meus amigos, tomar alguma coisa, mais o frio lá fora era tanto, que a gente logo voltava para dentro da casa, esperando ansiosamente que o show começasse novamente.

Em algumas tvs, com video-cassete, ficavam rolando shows de bandas como Metallica, Judas Priest entre outros. 

Lembro também que foi na Led que ouvi a primeira vez numa balada, o Manowar tocando na pista. Aquilo era mágico. Como nos anos 80, o público da Led resgatava aquele jeito tradicional de se "banguear" * cada um no seu espaço, sem invadir o espaço do outro, cada um ali no seu cantinho, curtindo o som.

Lembro também que tinha algumas "senhoras" já com mais de 50 anos, que frequentavam à casa, de mini-saia, com um visual, que muitas vezes nem as meninas novas usavam...era engraçado. Lembro que uma vez eu fui com o meu amigo black metaller, Marcos e ele queria bater numa dessas senhoras, que ficou olhando para ele com olhar convidativo...rss
Eu tive que tirar ele do lugar, que ele se irritou tanto, com aquele xaveco de olhar da velhinha, que eu estava vendo a hora ele partir mesmo para as vias de fato com aquela senhora...heheheheh

Presenciei na Led também algumas brigas de motociclistas. Os caras chegavam, tomavam algumas cervejas e daqui a pouco, a gente só escutava um barulho e os malucos rolando no chão. Daqui a pouco passado algum tempo, tudo voltava o normal.

Mais a Led não foi só de momentos bons e engraçados, passei talvez um dos dias mais assustadores da minha vida.

Marquei e encontrar um pessoal lá e lá pelas 2 e pouco da manhã, quase 3 horas da matina, os donos da casa resolvem fechar a casa. Eu sempre ia, pensando em virar a noite, para voltar no outro dia tranquilo, mas nesse dia não. Eu entrei em desespero, porque não tinha ninguém que conhecia mais na casa, eu estava sozinho e não estava de carro. 
Fui para o ponto de ônibus todo de preto, nenhum ônibus parava. Talvez para você que está lendo esse post e que nunca foi à Led antes do seu fim, não tenha noção de como o lugar era assustador. Um grande avenida, a Celso Garcia, com todo um comércio fechado. A poucos metros tinha uma casa da luz vermelha, alguns bares e mais para o fundo, mendigos, prostitutas, viciados, tudo muito perto. Eu pensei comigo, é hoje que serei assaltado...rss

No final das contas, um santo senhor parou um ônibus e eu implorei para ele me levar o mais perto que poderia do metrô.
Ele disse: -entra aí garoto, eu não vou poder deixar você na rua do metrô, mais vou deixar perto.
Quando chegamos ao local, ele disse: pega essa rua aqui e desce. Não olha muito para os lados e nem fica encarando muito o pessoal desse lugar, vai o mais rápido que puder para o metrô que esse horário aqui é meio perigoso ficar na rua.

E eu fui que nem uma bala para o metrô...rss
Acho que nunca corri tanto na minha vida. Quando cheguei no metrô a dúvida era se eu conseguiria entrar. Como já era perto das 4, deixaram eu entrar e eu respirei aliviado sentado no banco da estação, esperando o primeiro trem para vir embora para casa.

* Banguear = o ato de mexer a cabeça e os braços acompanhando a música. Termo muito comum entre os headbangers (apreciadores de bandas de heavy metal).


CIRCO VOADOR
(Rio de Janeiro - Brasil)


Circo Voador

O Circo Voador foi palco de muitos artistas do Rio de Janeiro e de outros estados que vieram para o Rio de Janeiro. Localizado no bairro da Lapa e inaugurado em Outubro de 1982. Foi cassado em 1996 pelo então prefeito do Rio de Janeiro, César Maia e mantido fechado pelo seu sucesso Luiz Paulo Conde até 2002. Em ação popular movida pela produtora Maria Juça, teve o seu direito reconquistado ja Justiça com direito de retornar às suas atividades. A prefeitura havia demolido. E teve que reconstruir denovo sob determinação judicial. Em 2004 foi devolvido aos produtores e funcionários que estavam lá desde 1996 e hoje é administrador por uma ONG de forma independente e com recursos próprios.


O Circo Voador, teve seu primeiro espaço no Arpoador em Ipanema. E o primeiro passo foi dado pelos grupos de teatro criado a partir dos cursos ministrados pelos integrantes do Asdrúbal Toruxe o Trombone, Perfeito Fortuna, Patrícia Travassos, Evandro Mesquita, Regina Casé e Luis Fernando Guimarães.


Apresentação cultural rolando

Foto bem antiga

Provavelmente a galera que fazia os eventos culturais

Garota dando um mosh na galera

A príncipio os eventos montados durariam 1 mês mais se estenderam para 3 meses.
Depois ele se fixou na Lapa num terreno baldio em frente aos famosos Arcos da Lapa.

Abaixo alguns dos primeiros artistas à se apresentarem no Circo:

Barão Vermelho, Legião Urbana, Blitz, Os Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Lobão, Débora Cocker, Intrépida Trupe e tantos outros.
Além de lançar artistas, o Circo também trouxe para o grande público artistas de gerações passadas, que ainda estavam mandando muito bem, assim aconteceu com Ângela Maria, Cauvy Peixoto, Luiz Gonzaga, Adoniran Barbosa entre outros.


Cazuza

Cazuza também se apresentou no Circo Voador e talvez por causa dele, que esse nome, dessa casa lendária, ficou tão gravado em minha memória.
Acredito que muitos cariocas principalmente, tenham vivido momentos de magia e devem ter muita saudade de grandes apresentações e artistas que se apresentaram nesse local, muitos que nem estão mais vivos.


João Gordo (Ratos de Porão) e o pessoal do Sepultura

Abaixo o link com 34 fotos de artistas que já se apresentaram no Circo Voador, fotos de acervo:
Para se ter uma idéia da importância desse lugar, até Raul Seixas já tocou lá em 1985.


Link:
http://musica.uol.com.br/album/2014/04/01/circo-voador-completa-30-anos-veja-artistas-que-ja-tocaram-por-la.htm#fotoNav=11 



BAT CAVE
(Londres - Inglaterra)


Logo da lendária Bat Cave

Localizado na rua Meard, em Londres, o bar noturno Bat Cave é considerado o local de origem da subcultura gótica inglesa.
O bar foi aberto em Julho de 1982 fundado por Olin Wisdom e membros da sua banda Specimen. Especializando-se em New Wave e Glam Rock e mais tarde focou-se em Rock Gótico.

banda se apresentando

Belo cabelo...


Pessoal simpático

representantes do estilo na época

Algumas personalidades que frequentavam o bar: Robert Smith (The Cure), Siouxsie Sioux, Steven Severin, Foetus, Marc Almond e Vinnie Jones. 

Robert Smith no Bat Cave, não sei o ano da foto

O discordante e desconectado, o obcecado pela morte, o desviante sexual (para os padrões que da sociedade) eo cinematograficamente horrível e sangue respingado. O termo 'rock gótico' já estava sendo cogitados pela imprensa música antes de as portas do Batcave se abrir - famosa aplicada a Joy Division por Paul Morley -, mas foi aqui que gótico se tornou um movimento. Um movimento que, em 30 anos, é mais vibrante e variado do que nunca, para não mencionar todo o mundo. 


Quando o Batcave abriu em Julho 1982, não tinha a intenção de fazer uma noite ‘gótica’, nem as bandas ‘góticas’ existentes estavam preferencialmente no playlist. Ao invés disso, era visto como uma reinvenção do estilo ‘glam’ do Bowie, mas uma exentricidade mais obscura tipo horror. Quando aconteceu, encaixou-se muito bem com o que algumas bandas ‘góticas’ como Bauhaus estavam fazendo, membros das tais bandas góticas freqüentavam o clube e eventualmente tornou-se o protótipo do clube gótico.

Essencialmente, foi, em primeiro lugar, pensado como um clube para pessoas que estavam de saco cheio com a direção comercial do New Romantic e queria algo novo e mais obscuro. No início tocavam glam e música electro, mas várias das primeiras bandas góticas também tocavam lá e o playlist gradualmente tornou-se mais goth.

Numa entrevista na The Face de Fevereiro 1984 Hamish McDonald, o DJ do Batcave, disse “Eu toco o que eu chamo de curva do som, com Siouxisie e The Cramps na base, incluindo Sweet e os Specimen e esticando até Eddie Cochran e Death Cult”.

O Batcave tornou-se o maior ponto de encontros para a cena londrina emergente e também atraiu muita atenção da mídia, que, por sua vez, espalhou a idéia de uma nova subcultura pelo país. No despertar do Batcave, clube similares abriram por toda Inglaterra, e em 1983 o próprio batcave saiu ‘on tour’, dando aos goths fora de Londres um local qualquer para se encontrarem. 



Bat Cave Girls

Novamente, Hamish McDonald na (revista) Face em fevereiro 1984: “Quando viajamos com o Batcave ano passado era óbvio que os garotos queriam dançar, não ficar sentados queimando velas negras em algum clube ‘alternativo’. Em pequenas cidades como Colne, Lancs, eles estavam furiosos e afim de músicas para dançar – mas só coisas modernas como Cocteau twins. Era mais difícil misturar o velho glam rock. Agora há noites Batcave no Planets em Liverpool, o Belfry em Leicester, o Hacienda em Manchester... É a única noite em que as crianças tem sua própria ‘discoteque punk’.

Conseqüentemente, enquanto oferecendo pouco quanto à música (exceto ASF e Specimen), o Batcave tinha um maior impacto na moda gótica e em popularidade. Essencialmente, adicionava uma dose maciça de ‘glam’ e atenção midiática à subcultura emergente.

    Do Diário Post-Punk de Gimarc na Quarta-feira, 21 de julho, 1982:

O BATCAVE é o novo point londrino que está abrindo hoje no Gargoyle, 69-70 rua Dean W1 em Londres. O clube é um acontecimento de toda quarta-feira à noite organizado pelos garotos do Specimen que vão tocar lá essa noite, e várias vezes no futuro. A decoração é couro e fitas, toques de filmes de horror dos anos 30 e ‘absolutamente não-funk’. Eles pretendem agendar atividades outras que música ao vivo como lutas na lama, shows piroténicos, Drag Cabaret e velhos filmes de horror em preto-e-branco.

2 – Hamish McDonald, o DJ do Batcave, da (revista) The Face, Fevereiro 1984:

“O Batcave atrai um montão de camaleões – você verá um garoto rockabilly dançando com uma garota gótica. São diferentes grupos de pessoas ficando juntas, ouvindo uns às músicas dos outros. Encontrará muita arte nos materiais góticos. Sisters of Mercy unem-se ao culto de corpo e alma de Iggy de o que reflete um certo estilo de hoje. Virgin Prunes re-trabalham ritos pagãos e cânticos tribais e colocam muito de espacial e mêdo em sua música.”

Nota: O aparente ‘crossover’ entre os termos “novos punks” e “gótico”

2 . De um artigo intitulado “The Gloom Generation” por Suzan Colon que apareceu na edição de Julho 1997 em Details Magazine:

MARC ALMOND (Soft Cell): Eu gostei bastante de Alien Sex Fiend e Specimen e de um monte daquelas bandas nos primeiros dias. Acho que eram bem divertidas.

IAN ASTBURY (The Cult): Todas essas bandas estavam trabalhando juntas no Batcave em Londres por ’81 ou início de ’82. Era dirigido por Ollie Wisdom, que estava no Specimen. O clube era mesmo misturado; não era apenas um clube dark de deathrock. Specimen era a banda da casa, e eles eram bem dark, mas eram tão alemães quanto o eram a Família Adams. Eles eram como um Death Bowie.

MARC ALMOND: O Batcave mudou-se algumas vezes, mas eu me lembro do melhor num lugar chamado Gossips no Soho. Você tinha de pegar um elevador para a cobertura que costumava ser um clube erótico. Havia um pequeno teatro onde aconteciam strip-teases e, no Batcave era usado para assistir filmes góticos, ou bandas tocavam lá, e você podia ver pessoas como Robert Smith de bobeira no bar.

ROBERT SMITH: (The Cure): A gente costumava ir ao Batcave porque ficávamos livres e era uma boa atmosfera e as pessoas eram mesmo muito legais. Mas a música era horrorosa! Todo aquele romanticismo da morte! Qualquer um que já tenha tido experiência com com morte poderia dizer que não há nada romântico sobre ela.  



Robert Smith líder do The Cure

DAVID DORRELL: Um dos maiores holofotes do goth era ir ao Batcave quando era em Leicester Square. Era um ótimo clube; havia um jeep do exército estadunidense estacionado em cima no bar. Ao mesmo tempo em que isso acontecia, um cara invadiu o Palácio Buckingham e a Rainha acordou e viu esse irlandês bêbado, demente, na cama dela. Uma semana depois ele foi solto sob fiança, ele tocava com o Red Lipstick no Batcave.

4. Da (revista) Sounds, June 18 1983:

Os Specimen tinham adicionado três novas datas à turnê britânica do Batcave. Eles iriam ser acompanhados em todas as festas por Flesh For Lulu, que substituiu Alien Sex Fiend que caiu fora.

Nota: A data aqui – é quase a mesma data em que o filme The Hunger (Fome de Viver) foi lançado, que estrelou o ubíquo David Bowie e destaque ao vivo da performance do Bauhaus...)

Da (revista) Sounds, 20 de Agosto 1983:

Os indefectíveis transexuais apareceram mostrando seus corpos doentios no Batcave na última sexta-feira à noite. Incluindo (bocejo)... uma Siouxie Sioux gorda, um Nick Cave drogado, Patti Palladin, David Cunningham (quem?), metade da banda altamente lisérgica Brilliant, um pretencioso Sex Gang Child, uma Lindsay do Sex Beat(ou seria Sex Bat?), o ex-homem chamado Jayne County, Abbo e um ‘nobre’ de acordo com Olly (que também estava lá).

O Riverside da BBC também estava filmando para uma Noite de Halloween Batcave Especial, e notoriamente furiosos com a ‘ausência de celebridades reais’.

Nota: Novamente a data aqui, a lista de ‘celebridades góticas’ e a presença da BBC – dentro de um ano de funcionamento, o Batcave tinha se tornado uma instituição gótica que era conhecida o bastante para ser exibida na televisão nacional.

6 – De uma entrevista com Jonny (Slut) Melton em Mick Mercer’s Gothic Rock:

O Batcave era um nascedouro de idéias?

Era uma lâmpada para todos os malucos e pessoas como eu mesmo que era dos caretões e queria um pouco mais da vida. Doidões, esquisitos e desviados sexuais...

Haviam pessoas por lá que eram sempre atraídos por qualquer coisa brilhante, excitante, purpurina . Na época o batcave não era o tipo de lugar bichoso, gótico, sujo. Eu não acho que jamais foi, mas eu imagino que naquela época era o que as pessoas imaginavam que era...mas estava mais pra Gotham City do que para Aleister Crowley.  

Nota: ‘estava mais pra Gotham City do que para Aleister Crowley’. Por esse depoimento nota-se que o aspecto teatral era a regra da cena e jamais o ‘satanismo’ ou ‘ocultismo’ ou coisa que o valha. (nota do tradutor)

7 – De uma discussão editada entre eu, Merlina e Michael Johnson no uk.people.gothic:

MICHAEL JOHNSON: Em qualquer história da moda gótica, o Batcave irá aparecer largamente. Em qualquer história da musica gótica, irá constar menos que uma menção, as ‘bandas Batcave’ como ASF . O Batcave era o lugar onde o ‘visual’ desenvolveu-se primeiramente a uma extensão elaboradíssima, mas a maior parte da musica da cena gótica veio de outros lugares...

PETE SCATHE: Eu acho que o que realmente aconteceu é que as coisas se enontraram num curso de colisão. O Batcave não foi planejado como um um clube Gótico, mas a cena gótica emergente como que dominou e adotou muitas das imagens...

MERLINA: Bem eu não me dei bem com o Batcave até a segunda noite então eu não sei o que foi inicialmente planejado. Para as pessoas com as quais eu estava foi uma reação contra a New Romantic (NR) que se tornou distintivamente superficial – Di estava vestindo fitas e todos os aluninhos de escola usavam calças retrô – e música NR, enquanto os mais balançantes , mais pop, tornaram-se descaradamente superficiais (e leva pelo menos uma década de nostalgia para apreciar aquele tipo de sentimentalismo!). O Batcave era rotulado como sendo ‘obscuro’, assustador, perigoso, etc – e ‘prometia’ nada de turistas americanos com câmeras. Nos primeiros dias certamente tinha um ‘lado’. Parecia Goth.

Quanto à musica – bem, era uma atitude mais ‘música como diversão’ mais do que’música como ‘arte/protesto/algo profundo’ que prevalecia, eu diria. Acho difícil dizer que a música vinha de um outro lugar qualquer – porque, como foi dito, haviam várias influências e pessoas que se reuniam sob a bandeira do ‘goth’. E havia uma variedade de argumentos na época como agora, sobre o que era e o que não era ‘goth’. Alguém mencionava Joy Division. Eles certamente não tocavam em clubes goth (não na época, de jeito nenhum) – eles eram definitivamente ‘indie’ – embora na época tudo se misturava no que se tornou as ‘noites alternativas’. Joy Division estava certamente no que era tocado. Apesar de que a música evidenciava todas as tradições que vemos agora no goth – de Sex Pistols aos New York Dolls.



Joy Division

Batcave propriamente tinha pessoas de várias tradições se reunindo também – O lado mais bem-vestido do punk; a galera da escola de arte do Blitz, uns poucos recentemente gays assumidos da cena fetichista e um monte de caras gays que houviram dizer que era um lugar seguro para se ir. Michael Johnson e Merlina eram frequentadores habituais no Batcave – Michael Johnson era proprietário da Nemesis Promotions e é agora um contribuidor regular para StarvoxVale acrescentar o óbvio, que dois góticos antigos não terão a mesma visão do início da cena gótica nos 80s, particularmente em relação ao que era importante no ‘goth’ e o que não era. Pessoalmente, na época considerando o Batcave cheio de triste posers (provavelmente porque eu era um triste poser) e foi só mais tarde que eu percebi o quão importante ele foi para o início da cena



CBGB
(Nova Iorque - EUA)

The Ramones em frente ao CBGB

O nome completo é CBGB & OMFUG que significa: "Country, Bluegrass, and Blues and Other Music For Uplifting Gormandizers" e, em uma tradução livre, significa "Country, Bluegrass e Blues e outras músicas para levantar gulosos (ou colocar os gordos pra suar)".

No começo do clube, o público era Country e Blues assim como as bandas que se apresentavam.

Em 1965, abriu o Max's Kansas City em Nova Iorque, o primeiro lugar de shows onde Lou Reed e o Velvet Underground, New York Dolls e The Stooges, de Iggy Pop, se apresentavam.

Então em 1973, Hilly Kristal, proprietário do CBGB, abriu o lugar para o público Punk Rock, recebendo shows do Television e, mais tarde, da Patti Smith.



Patti Smith





Television on CBGB




O lugar tornou-se muito conhecido como o berço do punk rock, e está marcado na história de bandas e pessoas como Television, Richard Hell, Johnny Thunders & The Heartbreakers, The Ramones, Blondie, Elvis Costello, The Dead Boys, The Misfits e todos os personagens importantes para a música dos anos 70 e 80 nos Estados Unidos. Foi palco de muitas historias envolvendo não só bandas americanas, mas também britânicas, como o Sex Pistols, e brasileiras como Supla e Ratos de Porão. No início de 1977 The Damned foi a primeira banda britânica a se apresentar no CBGB.

Embora as bandas não gostassem muito de se apresentar lá, por não ser um ambiente agradável, acabavam tocando por causa da pouca fama do local na época, pois o clube queria se tornar famoso.






Algumas das mais importantes e engraçadas historias do lugar acabaram aparecendo no livro "Mate-Me por Favor" escrito por Larry "Legs" McNeil e Gilliam McCain, até por que o livro mostra depoimentos dos mesmos personagens do CBGB. Ultimamente o CBGB esteve prestes a fechar por causa de uma divida, causada pelo aumento na cobrança do aluguel devido a correção dos últimos 30 anos de US$ 40 mil/mês (US$ 19 mil pelo clube e quase isso pela galeria de artes anexa, fora as taxas). Bandas como Misfits, Exploited, Anti-Nowhere League, Gorilla Biscuits, Vandals, Dead Boys, Flipper, Peter and the Test Tube Babies, Sham 69, Adrenalin O.D. voltaram a tocar juntas para arrecadar dinheiro e pagar a divida do lugar que as lançou para o "sucesso".

Blondie no CBGB



Sex Pistols on CBGB
No dia 9 de Dezembro, o proprietário Hilly Kristal conseguiu um acordo com a Bowery Residents Committee que deverá manter o CBGB aberto pelo menos até 31 de Outubro de 2009. Atualmente o CBGB é uma loja de roupas.

Banheiro do CBGB


Bar do CBGB


Mais uma foto do mictório


The Ramones

The Ramones in action!!!


The Runaways

CBGB após fechamento


FILME

Poster do filme

A revista Rolling Stone norte-americana soltou uma nota confirmando que as filmagens de CBGB foram finalizadas e que o filme deve estrear em 2013. A produção, que contará a história do saudoso e famosíssimo bar nova-iorquino, tem como idealizadores o escritor Jody Savin e o diretor Randall Miller, que revelaram à revista já ter um material de 100 minutos para edição.

Fundado por Hilly Kristal, em 1973, o clube originalmente tinha como atrações grupos de country e blues, mas se tornou o berço do punk rock norte-americano vendo nascer em seu palco bandas como os Ramones, o Misfits, o Television, The Patti Smith Group, The Dead Boys, The Dictators, The Voidoids, The Cramps, Richard Hell,
Johnny Thunders & The Heartbreakers, The B-52’s, Blondie, Joan Jett & The Blackhearts e o Talking Heads. O local foi fechado em outubro de 2006, tendo Patti Smith como
a última atração.

Em novembro de 2007, foi anunciado que o estilista e designer John Varvatos iria abrir uma loja no antigo espaço do CBGB. Varvatos expressou o desejo de “fazer justiça” ao legado do velho clube. Grande parte das pichações que cobriam os banheiros foi preservada, juntamente com alguns cartazes do 10 º aniversário da casa, em 1983. A loja abriu as suas portas em Abril de 2008.

No elenco do filme, estão nomes como Alan Rickman (o Professor Severus Snape de Harry Potter), no papel do fundador Hilly Kristal, Rupert Grint (o Ron Weasley de
Harry Potter) e Justin Bartha (o Doug de Se Beber, Não Case!), como Cheetah Chrome e Stiv Bators, respectivamente, o guitarrista e o vocalista dos Dead Boys, Malin Akerman (aquela mesma da adaptação de Watchmen), como Debbie Harry, vocalista do Blondie, Joel David Moore (Avatar), Julian Acosta (Law & Order: Los Angeles) e Steven Schub (24 Horas), respectivamente, como Joey, Johnny e Dee Dee Ramone, Johnny Galecki (o Leonard de The Big Bang Theory), como Terry Ork, fundador da Ork Records, Peter Vack (I Just Want My Pants Back), como o escritor e historiador do rock Legs McNeil, Evan Alex Cole (Ela é Demais Pra Mim), como o icônico cantor e baixista
Richard Hell, Kyle Gallner (A Hora do Pesadelo), como o figuraça, que dispensa apresentações, Lou Reed, Taylor Hawkins (baterista do Foo Fighters), como ninguém menos do
que Iggy Pop, Ashley Greene (saga Crepúsculo), como a filha do dono clube, Lisa Kristal, e Mickey Sumner (Os Bórgias), como Patti Smith.

The Ramones no CGBG

CBGB, o filme, cujo orçamento está na casa dos US$ 10 milhões, também contará, como não poderia deixar de ser, com uma trilha sonora composta por mais de 40 músicas, que
Jody Savin afirma ainda não estar fechada, pois “algumas bandas coperam mais do que outras”.


Please Kill Me

Fica também, como leitura obrigatória, a indicação do delicioso livro Mate-me Por Favor, escrito por Legs McNeil e Gilliam Mc Cain, que conta a história do punk,
desde os seus primórdios com bandas que influenciaram o movimento, passando pela cena artística que englobava artistas underground, até chegar aos Ramones e Sex Pistols.
A história é composta por pequenos trechos, narrados pelos inúmeros personagens que fizeram parte deste período, entrecotados de forma tão magistral, que faz a obra
parecer fluente como um romance.



ESSE ASSUNTO CONTINUA EM OUTRO POST COM OUTRAS CASAS LENDÁRIAS....














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