THE RUNAWAYS - AS GAROTAS DO ROCK


THE RUNAWAYS - AS GAROTAS DO ROCK (2010)


Com um orçamento na casa dos 10 milhões de dólares, The Runaways - As Garotas do Rock conta a história da banda de mesmo nome, formada por um gurpo de mulheres nos anos 70.

No elenco: Kristen Stewart (sim, aquela do Crepúsculo)  vive a guitarrista e vocalista Joan Jett e Dakota Fanning, vive a líder da banda, Cherrie Currie.

Dirigido por Flora Sigismondi o filme se passa de maneira meio acelerada. Inicia com Cherrie e sua irmã aprontando algumas como toda adolescente faz e aos poucos ele vai mostrando como o grupo se conheceu, por intermédio de um empresário meio doidão: Kim Fowley vivido por Michael Shannon.

O talento de Cherrie é apresentado no filme após ela cantar, se é que podemos dizer que ela cantou, na verdade ela fez uma espécie de sincronia labial, em uma música, (no colégio aonde estuda), seu ídolo maior David Bowie, a música? Lady Grinning Soul.

A platéia xinga ela, tira o sarro, taca um monte de coisas nela, mas ela não está nem aí, está ali naquele momento só dela, de certa forma homenageando seu ídolo.

O acaso do destino a faz conhecer o empresário que já havia recrutado Joan para a banda. Daí para frente vemos o que não é muito diferente de outros filmes que relatam o inicio de uma banda famosa de rock.  Os ensaios, o uso excessivo de álcool e drogas, muita pegação e muita curtição.

foto do filme

Talvez o ponto aqui diferente, não por isso, seja chocante, ou algo do tipo, se dá pelo fato de tanto Joan quanto Cherrie se pegarem. Joan é lésbica assumida e Cherrie é daquelas que se diverte com homens e mulheres. O filme vai mostrando que um "fight" entre as duas, era inevitável. Talvez fosse algo que chamasse mais a atenção naquela época, mas hoje não. 

The Runaways não é um filme ruim. Tem até alguns bons momentos, mas confesso que está longe de ser um filme que fala de rock e de bandas de rock, dos meus prediletos, ou que entraria para o hall dos meus prediletos.

Sid & Nancy - O Amor Mata, por exemplo, para mim é infinitamente melhor. Para quem não sabe, esse filme conta a vida de Sid Vicious, o ex-músico da banda Sex Pistols e no filme, quem vive o seu papel é o brilhante Gary Oldman. Já Nancy é vivida pela atriz:  Chloe Webb.

Cartaz italiano do filme Sid & Nancy

Voltando ao filme que estamos comentando confesso que tenho também uma dificuldade enorme de me simpatizar com a atriz Kristen Stewart, apesar de que ela até que não comprometeu tanto no seu papel de Joan. Acho essa atriz meia sem sal. Não entendo até hoje, porque ela caiu tanto no gosto do público. Se foi pelo seu "talento" ou se foi pelo sucessso estrondoso que a saga Crepúsculo fez no mundo inteiro.

Gostei mais de Dakota, sim, ela é a mesma garota que fez aquele filme que tem o Tom Cruise no elenco e que eles fogem de um monte de ET's que querem destruir a Terra. Guerra dos Mundos, lembrei, esse é o nome do filme. Dakota ainda está pequenininha no filme.

foto das verdadeiras integrantes da banda

Outro ator que vai bem no filme é Michael Shannon, fazendo o papel de empresário da banda. Ele é aquele típico empresário paizão, que não larga da banda e tenta a todo custo, fazer com elas evoluam. Mas quando falo vai bem, falo que ele se saí bem, se comparado aos outros atores do filme. Não é também uma atuação digna de Oscar não.

A diretora bem que tentou fazer um contraponto entre a evolução da banda, o descobrimento da fama e os problemas que Cherrie tinha com sua família. Deixando as outras integrantes de lado, não dando muitos detalhes das famílias das demais. Até a Joan, que depois que a banda termina, se vira em carreira solo, tem pouco espaço nesse sentido dramático.

Toda a parte de drama, fica em cima da personagem Cherrie Currie, que lida com um pai alcoólatra e uma mãe que está pouco se lixando para ela. Tanto que a mãe dela, se junta com outro homem e vai morar na Indonésia.

Para mim faltou no filme, a interação da banda com outros ídolos da época. Seria por exemplo interessante, se elas encontrassem e fosse mostrado com certa ênfase isso no filme, elas com outro artista famoso, em turnê. Ou que a diretora não focasse tanto só na Cherrie, contando mais da vida das outras também. Por exemplo, uma das coisas que pode explicar isso é o fato da Lita Ford, que fez parte da banda, não ter topado participar do filme. Chegou até a conhecer a atriz que faria seu papel Scout Taylor-Compton, mas não quis participar do projeto, imagino eu que os motivos devem ter sido:

-não ter gostado do roteiro,
-dinheiro,
-ou simplesmente por achar que não teria muita importância no filme, como teve a sua ex-colega de banda Cherrie.

O filme termina de maneira meio melancólica, não vou contar o final e outros desdobramentos, justamente para fazer você, caro seguidor do The Informetal, assistir o filme.

Vale apena principalmente pela trilha sonora.

Minha nota: 6.0



















Comentários

Postagens mais acessadas

A HISTÓRIA DO CORPSE PAINT

Hard Rock Anos 80

UM FURACAO CHAMADO AXL ROSE