A NOITE DOS DEMÔNIOS (DICA DE FILME)


A NOITE DOS DEMÔNIOS (DICA DE FILME)


Para quem gosta de filmes trash anos 80, fica aqui uma dica de hoje do blog The Informetal: A Noite dos Demônios de 1988. Direção de Kevin Tenney.
Sabe aquele filme que reúne todos os clichês de filmes trash anos 80?? Pois bem, esse é um desses.
Névoa, casa estranha, mal assombrada, personagens icônicos, tudo isso vemos nesse filme, que teve um remake mais recente muito criticado pelo sinal. O povo gosta mesmo é do antigo, exatamente desse que vou falar para vocês. 


Vamos a sinopse:

SINOPSE:

Cathy Podewell (Judy) é abordada pelo namorado Lance Fenton (Jay), num telefonema à noite convidando-a para uma festa. A tal festa que ele quer levá-la será organizada na antiga funerária Hull House. Um lugar totalmente apropriado para qualquer coisa, menos uma festa de adolescentes. A festa é organizada por Angela, personagem de Amélia Kinkade que junto de sua amiga Suzanne vivida por Linnea Quigley, são as responsáveis por atrair os outros jovens à tal festa.

Paralelo à isso, vemos o jovem Stooge vivido por Hal Havins, indo de carro para o mesmo lugar com seus amigos: Rodger (Alvin Havins) e Helen (Alisson Barron).

Além deles, completa o time, Sal (um ex-namorado de Judy vivido por William Gallo), Frannie (Jill Terashita) e seu namorado Max (Philip Tanzini).

Chegando lá, Frannie tem a idéia de fazerem uma espécie de sessão espírita, para criar um clima mais sombrio à festa, que por si só já é estranha, dado ao número de participantes que é minúsculo e as condições do lugar, que nada tem de agradável ou aconchegante.

E é justamente depois dessa brincadeira que as coisas começam à acontecer.


PERSONAGENS



Lá em cima eu falei de clichê. Porque clichê?? Porque para quem é fã desse tipo de filme, fica fácil perceber elementos comuns à filmes trash anos 80. Ainda mais norte-americanos. De 80 à 89, o que foi lançado de filme desse tipo, nos EUA não é para brincadeira. Acredito ser algo quase incontável, porque além das empresas de cinema consideradas grandes, as menores também lançavam seus filmes, com orçamentos minúsculos, mas a criatividade a mil por hora, muito sangue que mais parece tinta vermelha e mortes pra lá de bizarras.

Só nesse elenco citado temos todos esses tipos comuns que comentei, que são extremamente fáceis de encontrar em qualquer filme de terror trash dos anos 80. Às vezes obviamente, um filme não consegue reunir todos esses personagens tão peculiares, temos um ou outro, mas nesse, conseguimos ver um pouco de cada um veja abaixo:

Judy: A garota loirinha, com carinha de inocente, jeito de virgem, que é presa fácil tanto para o mal quanto para os aspirantes a namorados dela. Vale destacar que a atuação de Cathy Podewell é muito fraca, chega a ser caricata, mas isso não compromete em nada o filme, aliás, para esse tipo de filme, é totalmente perdoável.

Jay: O namorado fortão, bonitão, bem norte-americano, machista, que não está nem aí para ninguém, nem mesmo para a garota, de quem só quer diversão. Nesse filme, só não deixa claro se ele é jogador de futebol americano, porque o resto todos os clichês tem.

Stooge: O gordinho que não pega ninguém, com jeitão de sujo, ignorante, que sofre enorme preconceito pelos personagens principais que normalmente são os mais bonitos, inteligentes e que costumam tirar sarro de gente como ele.

Não é difícil descobrir quem é o Stooge na foto

Rodger: Personagem assustado, apavorado, atrapalhado, que na hora do problema, fica sem reação e age por impulso, detalhe, o único negro do elenco principal; Algo também muito comum, esse certo preconceito, na época;

Angela: Gótica loucona (filmes americanos dessa época, em sua maioria tratam os roqueiros e góticos como loucos, pessoas que não se dá para confiar, ou por serem taxados de loucos, baderneiros, exóticos e diferentes de todo mundo;

Suzanne: Vamos usar um termo bem conhecido aqui no Brasil. Suzanne é a "periguete" da turma. Aquela que mostra os seios e a bunda sem o menor pudor e que só tem um objetivo na trama, ir atrás de homens e se dar bem na festa arrumando um cara bonitão, como ela mesmo diz no filme.

Suzanne se preparando para a pegação...

Max: O amigo engraçadinho, que faz piadas toda hora, palhaçadas e que não deixa o papel de Zé Graça um minuto sequer no filme.

Sal: Aquele típico folgado, egoísta, que trata todo mundo mal e ainda se acha o melhor de todos, trata mal o irmão da menina que ele gosta e sempre se mostra inconveniente.

O AMBIENTE

A casa Hull, antiga funerária é a perfeita casa de filme de terror. Isolada no meio do nada, com muros altos, tem uma corrente de água que separa o terreno da casa da área externa, é o local aonde o filme se desenrola. Vemos elementos no filme, como tomadas bem escuras, névoa, moveis antigos, inúmeros cômodos e a sensação de que a casa é algo meio claustrofóbico, um lugar que cria uma atmosfera de sufoco aonde você pensa que nunca vai conseguir sair.   

E ao longo do filme, o elemento sobrenatural de que faz mesmo a pessoa ter dificuldades de sair, porque o muro parece proteger a casa, não dando outra alternativa de fuga.

A MÚSICA

A música desse filme é puro anos 80. Uma das cenas mais legais, é a dança macabra da personagem Angela ao som de Bauhaus, uma banda gótica bem conhecida no meio. A música escolhida é Stigmata Martyr e é nela que a personagem gótica do filme dança ora sensual, ora sinistra para o personagem Sal.

Angela?

Efeitos de flash, misturados com a música e dança estranhona de Angela, faz o clima ter um mix de sensualidade e terror, em horas ela mostra parte do corpo por debaixo do enorme vestido de noiva preto, por hora faz movimentos andando no chão a lá fantasma de O Grito.

A voz da personagem também é algo marcante e faz com que a figura dela, seja ainda mais assustadora e enigmática.

Houve até quem disse que ela poderia ser um ícone pop aqui no Brasil se esse filme tivesse sido lançado aqui junto de Halloween, Friday 13TH e Nightware on Elm Street respectivamente para quem não sabe: o filme do Mike Myers, do Jason e do Freddy Krueger. 


CENAS BIZARRAS


Suzanne protagonista inúmeras cenas bizarras, mas as que posso destacar é uma em que ela fica meia hora com a bunda para cima, como se estivesse pegando algo na parte baixa da prateleira, seduzindo os funcionários de um mercado, para que a amiga Angela roube o mercado inteiro e a outra é quando ela, já na casa e possuída, envia um batom dentro do mamilo, depois de fazer uma maquiagem pra lá de sem noção na cara.  

Suzanne sensualizando para os funcionários do mercado

Xii apelou...

Bonita...rsss


Em outra ela seduz o namorado de Judy, já bem loucona e o cara, que só pensa naquilo, topa na hora, ter algo com ela.

Ela rouba a cena, com seu jeito sensual bizarro e junto com a personagem de Angela, provocam risos e medo do espectador. 

CARTAZES

Abaixo alguns cartazes bem legais do filme:






Dizem que a sequência desse filme, que tem a presença de Mimi Kinkade, é melhor que o primeiro, mas ao ler diversas críticas na internet, todos são unânimes em dizer que Night of The Demons é um clássico filme trash dos anos 80, com toda música, atmosfera, piadas prontas e outros elementos facilmente identificáveis.


Remake



Como disse acima, se você é fã do gênero, assim como eu, não deixe de vê-lo. Você vai mais rir do que se assustar, mas com certeza irá se divertir.

Essas últimas três imagens acima, são do remake feito nos anos 2000, que não agradou o público, mas que vale apena conferirmos apenas à nível de comparação com os mais antigos.




 




















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