HOSPITAL MASSACRE - X-RAY (1981) CRÍTICA


HOSPITAL MASSACRE - X-RAY (1981) CRÍTICA

X-Ray (1981)

Hoje vou falar de um filme de terror "anos 80" que assisti ontem 06/06/2020 e que apesar de não ser tão bom como outros que já falei aqui no blog, tem até alguns bons momentos. Afinal, filme de terror anos 80 o que vale é a diversão.

Hospital Massacre ou X-Ray de 1981, mesmo sendo feito lançado em 81, tem uma aparência bem anos 70.

O filme conta a história de uma bela mulher Susan Jeremy vivida pela belíssima atriz Barbi Benton que está divorciada do marido e logo no começo do filme já vemos ela se encontrando com o ex-marido que vai passar o dia com a filha que eles tiveram juntos.

Na verdade antes dessa cena, temos aquela famosa cena inicial muito comum nos filmes de horror dos anos 80 e em até alguns filmes mais recentes, que se passa normalmente antes do tempo atual e que vamos entender um pouco mais lá para frente.

Vemos duas crianças brincando em uma bela casa, em 1961 e um garoto toca a campainha e deixa um presente para a menina. Enquanto a garotinha vai abrir o presente, ele fica observando qual será a reação dela pela janela, não vou contar o resto, para não estragar a experiência.

O problema desse filme é que ele dá pistas muito claras e que não faz com que o espectador tenha grandes surpresas.

Pois bem, como ia falando, a mulher se despede do marido e da filha e logo em seguida chega um carro para pegá-la, com o novo namorado. Engraçado ela chamar o ex-marido de idiota e sair de carro com o homem com quem ela está se relacionando agora.

Uma coisa que me chamou a atenção logo de cara foi a beleza da atriz. Barbi Benton está deslumbrante nesse filme:

Barbi Benton

Eles chegam à um hospital extremamente movimentado pois tem o objetivo de buscar um exame, pois teria sido promovida e precisava de uma espécie de atestado/laudo médico para esse novo trabalho.

Mas o que ela não sabia é que o hospital é quase que um hospício de tanta gente louca e estranha que ela conhecerá em breve.

O objetivo dela é passar com a Dra. que já cuida da saúde dela há mais ou menos uns 3 a 4 anos, Dra. Jacobs vivida pela atriz Gay Austin. Logo de cara o assassino da conta da médica e a personagem Susan é orientada a ir ao oitavo andar, mas acaba acionando o nono.
 
Ao entrar no elevador um tipo bem incomum para um hospital. Um cara daqueles estilos bem inconveniente, comendo um hambúrguer, derrama ketchup nos pés da bela Susan.

Sujeito insuportável!

Ela olha para ele com cara de total reprovação e depois que ele desce ela percebe que foi parar no andar errado. Ao abrir a porta, é alertada por 3 pessoas com máscaras de que eles estavam dedetizando o 9º andar e que ela teria que descer um andar, já que queria ir para o 8º. 

E esse sujeito estranho, nojento, ainda iria trombar novamente com a personagem Susan mais lá para o terceiro ato do filme. 

rsssss

Ao chegar finalmente no andar que precisava, ela nota que a sala da Dr. Jacobs está vazia e um médico oferece ajuda. Ela é encaminhada para outro médico, o Dr. Saxon, vivido pelor ator John Warner Williams. Esse Dr. é sério e daqueles tipos bem ignorantes, que não dá muito sorriso para paciente.

E vem aí a primeira cena estranha do filme e que em uma situação normal, seria um exemplo claro de assédio sexual.

O sério e estranho Dr. Saxon diz que precisa refazer os exames e Susan mesmo sem entender, (tendo em vista que ia apenas fazer um exame para um atestado de trabalho), estranha a situação e topa passar por novos exames.

Em todo caso, o Dr. pede para ela tirar a roupa e pasmem, ela não fala nada em tom de revolta.

Parece aquela tela do Programa do Bolinha

Seria normal, uma revolta ou algum tipo de interpeação como uma mulher normal faria em uma situação como essa. Sendo assim, Susan resolve tirar a roupa e veste aquelas roupas hospitalares que a parte do trás do corpo fica descoberta. Imaginem, uma mulher linda, com essa roupa e salto alto....rsss

Médico safado!

O Dr. então começa a examiná-la e depois pede para ela abrir a roupa. Ele examina ela bastante, desde a cintura ao o tronco e próximo aos seios. É um tal de inspira e expira, toda hora, que até a gente fica sem graça de tanto que o médico enrola para examinar a bonitona. Apalpa, coloca o estotoscópio para ouvir a respiração dela, enfim, faz um longo exame na moça.


Depois disso, ele pede para ela deitar, pega nos pés dela e vai subindo, em um exame que dura um bom tempo, a personagem de Susan toda bonita, maquiada, com batom vermelho, fica olhando mas não esboça nenhuma reação.



Depois de fazer o "exame" chegam duas enfermeiras para lá de esquisitas e a levam para esperar o resultado do exame em uma sala.

Chegando na sala, Susan vê logo de cara uma senhora com o semblante assustado, uma outra mais velha com cara de brava e um sujeito para lá de estranho fazendo papel de senhora...rsss

Susan ligando para a filha

Ela tenta ligar para a filha nesse momento.

Nisso o namorado está dentro do lado, do outro lado da rua, dormindo e quando acorda, já se dá conta que é bem tarde da noite. O namorado é interpretado pelo ator Jon Van Ness.

A partir daí o filme que até construía uma situação interessante, de alguém que fica preso em um lugar e por n motivos não consegue sair e que descamba para a trasheira.

Uma coisa que vale falar, é o comportamento estranho do ex-marido de Susan, que parece não querer a filha fale com a mãe. Depois vemos que isso tem pouca relevância para o filme.

Talvez a intenção do diretor, era fazer ele parecer suspeito. O que não nos deixa pensando isso em nenhum momento.

ATENÇÃO SPOILERS!!!

Médico do mal!!! rss

Quando o namorado dela entra no hospital, ela se encontra com ele, fica feliz obviamente em ver o namorado e explica que a situação está um pouco estranha.

O que qualquer namorado faria? Iria ficar indignado, mas ao ver os dois indo embora, (pois Susan está  determinada a ir embora), o Dr. Saxon interpela o casal de maneira bruta e ordena que as enfermeiras a levem de volta para o quarto.

O namorado fica com cara de bobo e sem ao menos desconfiar do "exame safado" que ela passou há pouco no consultório do Dr. Saxon, questiona o médico se aquilo é realmente necessário.

O médico diz que sim e diz que vai resolver umas coisas e que voltará para lhe dar uma satisfação do porque sua namorada precisa ficar internada. As enfermeiras levam Susan e o bobão do namorado fica olhando para o teto com cara de quem não está entendendo nada....rss

Aí acontece a primeira cena bem idiota.

O médico assassino avisa pelo alto falante do hospital para o andar aonde está o namorado de que ele, na condição de acompanhante da paciente Susan Jeremy teria que fazer o favor comparecer a sala 911-A do nono andar.

O namorado então entra em uma sala aonde o veneno que foi usado pela equipe de detetizadores usou para fazer uma limpeza no andar e o que qualquer pessoa normal faria? Sair obviamente, ao ver o andar todo cheio de fumaça, escuro e pouco funcional, mas o que ele faz?

Ele entra ainda mais para dentro de uma sala escura e cheia de fumaça.

De repente o tal médico assassino começa a falar com uma voz intimidadora, falando coisas sem nexo, sobre como ele o namorado ficava na cama com a sua namorada, e quando ele dá de cara com o médico ele deita em uma mesa em cima de outra vítima já morta, uma moça que fazia a datilografia dos exames e o médico o corta com uma serra....hehehehehehe

Sem comentários...rss

Outra cena muito engraçada é uma que a protagonista se esconde atrás de uma espécie de tela que as pessoas usam para se trocar, (tem uma dessas abandonada em um corredor) e um médico assassino chega respirando ofegante, passa perto dela e ele não a vê, mesmo dando tranquilamente para ele ver as canelas dela a mostra. É patético!

Esse médico assassino troca a todo instante os exames e fichas da paciente, para que ela fique no hospital. 

Tem uma hora que três senhoras meio loucas levantam para perguntarem pela tal Dra. Jacobs, que já havia sido morta há muito tempo e isso de certa forma salva novamente a Susan. Não tinha motivo algum para essas senhoras que já estavam dormindo, levantarem....rss

Enfim, o filme tem um monte de situações em que o diretor dá aquela forçada, para alcançar o resultado que queria.

As locações das filmagens são excelentes e tenho certeza que um filme desse nas mãos de um bom diretor, daria um belo filme. Infelizmente tem diretor que não sabe usar o dinheiro, o material humano e as locações que têm para fazer um bom filme.

Em um momento do filme, Susan presencia um assassinato e saí correndo desesperada para avisar alguém de que tem um assassino à solta no hospital.

Nesse momento um dos médicos junto de duas enfermeiras a prende em uma maca e Susan aos berros xinga as enfermeiras de idiotas e nada comove a equipe médica, descrente em Susan, achando que ela está perturbada com a ideia de ter que passar a noite nesse hospital.

Uma coisa que me fez dar muitas risadas é que uma das três senhoras que fica no quarto com Susan, é um homem vestido de mulher...rsss

(eu acho que já falei disso mais acima né?) mas vale apena falar denovo...rss

Gostei bastante da cena em que o médico mata uma enfermeira, com um pano de lençol, a figura do médico bem alto, vindo no corredor em direção a enfermeira é assustadora, mesmo depois a forma como ele mata ela, ser meio idiota.

Bela cena!!!

 

Uma outra interessante é que temos a presença da Elizabeth Hoy, ela faz uma ponta no filme, na cena inicial, aonde recebe um presente do garoto Harold.

No mesmo ano, a atriz mirim faria outro filme de terror, Bloody Birthday.  Ela também atuou no filme The Blues Brothers.

E além dos filmes, atuou em papéis na TV como Morky & Mind, CHIPS, Fantasy Island, Eight is Enough, Magnum PI além de diversos outros papéis.

Sua breve carreira foi de 1979 à 1984.

Depois desapareceu da vida artística. Eu particularmente acho essa menina, perfeita para filmes de horror, ela fotografava muito bem e tinha cara mesmo em algumas cenas de uma criança que é um pouco ruim para as outras pessoas. Sua sobrancelha levantada e nariz empinadinho, fazia ela com car de pestinha. Quando vi ela no filme de ontem, na hora lembrei de Bloody Birthday (Aniversário Sangrento) no Brasil, nesse outro filme, ela faz a personagem Debbie. 

Elizabeth Hoy

 

Essa menina virou um ícone de filmes de terror nesse estilo. E sempre que revejo seus filmes, lembro de outra atriz que marcou época, que é a menina que fez Poltergeist: Heather O' Rourke.

Elizabeth Hoy, é um caso muito parecido com o da atriz que fez o filme: Alice Sweet Alice (1976) Paula E. Sheppard que fez muito sucesso com o filme e depois de alguns trabalhos, sumiu da vida artística.  

Cartaz de Bloody Birthday

 

Boaz Davidson o diretor de Hospital Massacre também trabalhou em alguns outros filmes: O Último Americano Virgem (1982), Salsa (1988), Spiders (2000) e Spiders 2 (2001), Crocodile (2000) entre outros filmes.

Um outro ponto positivo desse filme é a trilha sonora, que é composta por Arlon Ober e que também trabalhou em Blood Birthday. O som está na cara do espectador que faz um mix entre música eletrônica e som de cordas bem ao estilo Bernard Hermann.

Hospital Massacre mostra um assassino raivoso, rancoroso, meio pervertido, que fará de tudo para acabar com a vida da protagonista.

Temos o tema hospital que ao meu ver é sempre muito bem vindo em filmes de horror trash, afinal hospitais são sempre muito assustadores e principalmente à noite.

Lembra alguma coisa de Re-Animator - A Hora dos Mortos Vivos, tem a nudez de Barbi Benton que é uma atração a parte, para mim, surpreendeu, não imaginava que a atriz seria tão exposta no filme, mostrando seu belo corpo, na época do filme a atriz tinha 31 anos, ela nasceu no dia 28 de Janeiro de 1950, em Nova Iorque e atuou de 1970 até 1986.

Lendo sobre ela, descobri que ela foi um ícone de filmes nos anos 70, ícone de beleza e até cantora ela foi, fazendo muito sucesso com algumas músicas, até na Suécia.

Hoje tem 70 anos e continua muito bonita.

Para vocês que como eu, gostam de um bom filme trash, recomendo X-Ray, mas nem de longe ele tem a qualidade que Sleepaway Camp (Acampamento Sinistro) de 1983 e Night Of The Demons (A Noite dos Demônios) de 1988, dois clássicos desse estilo que já comentei aqui nesse blog.  

Nota do filme: 6.5.

 

 


























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