CORÉIA DO NORTE: UMA AMEAÇA PARA O MUNDO?
CORÉIA DO NORTE: UMA AMEAÇA PARA O MUNDO?
Nos últimos dias, o mundo viu mais um vez a Coréia do Norte lançar um míssil que supostamente poderia alcançar qualquer lugar do planeta. Especialistas divergem, uns acreditam que isso não é possível e outros acreditam que sim, que já é, o fato é que a tensão aumenta a cada dia e o resto do mundo assiste de camarote as provocações do ditador norte-coreano Kim Jong-un aos Estados Unidos.
Esse blog tem a missão de entreter, mas também de informar. Sei que faz tempo que não posto nada sobre metal e hard rock, mas não podia ficar indiferente ao que está acontecendo no mundo. Algo que pode não só afetar os países que estão próximos da Coréia do Norte, mas sim ao mundo inteiro. Algo que pode mudar o rumo da história e afetar diretamente o futuro de nossas crianças. Por essa razão, hoje resolvi escrever um pouco sobre o possível conflito que se vier à acontecer, poderá ser considerado como a Terceira Guerra Mundial. Torcemos para que não seja preciso.
O MUNDO EM ESTADO DE ALERTA?
Nesses últimos dias foi levantada a questão: E se os Estados Unidos decidisse atacar a Coréia do Norte antes que o país tomasse alguma medida mais drástica?? Uma espécie de ataque cirúrgico que impedisse o desenvolvimento do programa militar do país e que acalmasse a tensão mundial?
Tentando eliminar as suas armas mais poderosas, isso seria possível?? Com o menor número de perdas possíveis?? A resposta é complexa, mas especialistas dizem que não. Que mesmo que os norte-americanos fizessem um ataque considerado "cirúrgico" isso poderia mesmo assim, causar milhares de mortes tanto na Coréia do Norte como na Coréia do Sul e possivelmente no Japão.
Os Estados Unidos sabem que não possuem uma opção "viável" para um ataque dessas proporções. Qualquer tentativa disso, poderia ocasionar um contra-ataque mortal e sangrento da Coréia do Norte, como nunca antes visto na história da humanidade.
E o presidente norte-americano Donald Trump sabe disso, que ele possui essa limitação (vamos assim dizer) que impede que ele tome uma atitude, mesmo vendo o ditador norte-coreano muito próximo de alcançar a meta de criar um arsenal nuclear que seja capaz de atingir os Estados Unidos.
O míssil balístico intercontinental lançado pela Coréia do Norte essa semana, pode sim alcançar o Alasca, segundo alguns especialistas. James Mattis secretário de defesa dos Estados Unidos disse que mesmo que fosse um ataque limitado, a Coréia do Norte poderia ser a responsável por um dos ataques mais horríveis que o ser-humano já presenciou.
E pior, não existe um precedente histórico como referência para se ter uma ideia do que um ataque à um país que possui armas nucleares pode ocasionar.
A primeira vez que os Estados Unidos estudou fazer isso foi em 1994, bem antes da Coréia do Norte começar a ter frutos em seu plano militar nuclear.
William J. Perry, secretário de defesa norte-americano, na época, desistiu de tocar o projeto em frente, pois sabia que mesmo naquela época, um conflito como esse poderia gerar uma guerra que vitimaria centenas de milhares de pessoas.
O problema é que o tempo passou e a situação ficou muito pior. O risco hoje é altíssimo. Isso porque de acordo com projeções, a Coréia do Norte já deve ter mais de uma dúzia de bombas nucleares. Segundo alguns especialistas, esse número pode ser até maior que doze e colocadas essas bombas em mísseis para ataque, com certeza Coréia do Sul e Japão seriam os mais atingidos.
No começo do mandato, Trump mandou tropas para a região e deu à entender que queria passar um recado para Coréia do Norte e China que os Estados Unidos iriam intervir militarmente, mas nos discursos recentes vemos um presidente mais comedido, disposto ao diálogo. Sugerindo mais sanções econômicas da China na Coréia do que um ataque propriamente dito.
Os Estados Unidos possuem ciência que um ataque desse, não era certeza de sucesso, pois a maioria do arsenal norte-coreano se encontra muito bem guardado em bases subterrâneas e de difícil acesso.
Por outro lado, especialistas acreditam que num primeiro momento, Kim não iria atacar com armas químicas e ou nucleares, temendo justamente isso também dos Estados Unidos, mas isso não quer dizer que ele não atacaria ferozmente os países vizinhos que possuem bases norte-americanas instaladas.
A guerra que foi interrompida em 1953, se voltasse à acontecer, seria de um prejuízo incalculável para a Coréia do Sul. A desvantagem geográfica faria esse país sofrer com esse possível contra-ataque norte-coreano. Mais de 10 milhões de pessoas vivem em Seul, que fica à 80 kms da Zona Desmilitarizada. Imaginem governo, população, empresas, tudo é concentrado numa megalópole gigantesca.
8.000 canhões e lançadores de foguetes da Coréia do Norte estão posicionados ao lado da Zona Desmilitarizada com capacidade para disparar até 300.000 projéteis na Coréia do Sul na primeira hora de combate. Isso com certeza causaria danos enormes, mesmo que sem qualquer uso de armas químicas ou nucleares.
Jeffrey W. Hornung diz que a Coréia do Norte sabe que esse seria o confronto final. Ela não se entregaria sem antes lutar e isso provocaria um ataque fulminante.
Os canhões Koksan de 170 milímetros, os diversos lançadores de foguetes de 240 milímetros e os foguetes múltiplos de 300 milímetros poderiam atingir não só Seul como lugares depois de Seul.
O Instituto de Nautilus de Segurança e Estabilidade em 2012 publicou um estudo que é assustador. Ataques da Coréia do Norte à bases militares poderiam provocar 3.000 mortes e quando tratamos de civis, esse número se multiplica para 30.000 pessoas.
A Coréia do Sul até tem um sistema antimísseis, mas nada se comparado ao Domo de Ferro Israelense. O sistema Thaad foi recentemente instalado e ainda possuem Patriot e Hawk Mas eles não são eficientes para destruir mísseis que sejam mais baixos.
Seul conta com mais de 3.300 abrigos anti-bombas na cidade. Além de prédios que possuem sistema de evacuação, mas mesmo assim, logo nos primeiros dias, mais de 60 mil pessoas poderiam ser mortas e em alguns dias esse número poderia alcançar incríveis 300.000.
O fato é que todos os estudos norte-americanos, sul-coreanos, japoneses, preveem uma tragédia sem precedentes e isso de alguma forma dá segurança para o ditador norte-coreano continuar lançando mísseis e irritando ainda mais os Estados Unidos.
Os jornais The New York Times e The Guardian o primeiro norte-americano e o segundo britânico, chegaram essa semana até a considerar a possibilidade de um conflito real.
Robert Einhorn especialista em segurança e política externa do Instituto Brookings de Washington acredita que as pessoas estão exagerando, não é tão preocupante como dizem, mas dificilmente os Estados Unidos conseguirá convencer a Coréia do Norte à se desfazer de seu armamento, até mesmo porque eles veem isso como sua sobrevivência.
A China, se posicionou recentemente pedindo para que Coréia do Norte e Estados Unidos parem de se provocar. Os chineses ainda são os fornecedores de muitas coisas que entram na Coréia do Norte e são vistos pelos norte-americanos como vitais para que a situação seja resolvida diplomaticamente. Por outro lado, a China em Janeiro, já disse aos Estados Unidos que também é a favor da desmilitarização norte-coreana, resta saber se Kim-Jong un estará disposto à abrir conversa seja com a China ou com os Estados Unidos.
Nós ficamos na torcida para que encontrem uma solução pacifica pois o mundo já tem conflitos demais acontecendo nesse exato momento em que escrevo esse artigo. Milhares de mulheres e crianças inocentes morrem todos os dias, em conflitos como alguns que ocorrem em território africano e outros no oriente médio. Síria, Afeganistão, Iraque, Irã preenchem todos os dias o noticiário de guerra, com notícias tristes que queríamos não ter que reproduzir. Não muito distante o uso de armas-químicas que é negado por Bashar All Assad, mas que para outros, não existe mais dúvidas de que foi sim, usado isso contra civis, muitos inocentes como crianças perderam as vidas.
A guerra, só traz dor e sofrimento. Sim, também da lucro para alguns, mas o que é o dinheiro perto de vidas?? A paz tem que ser sempre um norte, para qualquer nação.
Fontes:
The New York Times
The Guardian
Folha de São Paulo
Blasting News
Globo.com
UOL Notícias
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| O ditador norte-coreano Kim Jong-un |
Nos últimos dias, o mundo viu mais um vez a Coréia do Norte lançar um míssil que supostamente poderia alcançar qualquer lugar do planeta. Especialistas divergem, uns acreditam que isso não é possível e outros acreditam que sim, que já é, o fato é que a tensão aumenta a cada dia e o resto do mundo assiste de camarote as provocações do ditador norte-coreano Kim Jong-un aos Estados Unidos.
Esse blog tem a missão de entreter, mas também de informar. Sei que faz tempo que não posto nada sobre metal e hard rock, mas não podia ficar indiferente ao que está acontecendo no mundo. Algo que pode não só afetar os países que estão próximos da Coréia do Norte, mas sim ao mundo inteiro. Algo que pode mudar o rumo da história e afetar diretamente o futuro de nossas crianças. Por essa razão, hoje resolvi escrever um pouco sobre o possível conflito que se vier à acontecer, poderá ser considerado como a Terceira Guerra Mundial. Torcemos para que não seja preciso.
O MUNDO EM ESTADO DE ALERTA?
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| Crianças japonesas |
Nesses últimos dias foi levantada a questão: E se os Estados Unidos decidisse atacar a Coréia do Norte antes que o país tomasse alguma medida mais drástica?? Uma espécie de ataque cirúrgico que impedisse o desenvolvimento do programa militar do país e que acalmasse a tensão mundial?
Tentando eliminar as suas armas mais poderosas, isso seria possível?? Com o menor número de perdas possíveis?? A resposta é complexa, mas especialistas dizem que não. Que mesmo que os norte-americanos fizessem um ataque considerado "cirúrgico" isso poderia mesmo assim, causar milhares de mortes tanto na Coréia do Norte como na Coréia do Sul e possivelmente no Japão.
Os Estados Unidos sabem que não possuem uma opção "viável" para um ataque dessas proporções. Qualquer tentativa disso, poderia ocasionar um contra-ataque mortal e sangrento da Coréia do Norte, como nunca antes visto na história da humanidade.
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| A primeira dama Melania e o Presidente Donald Trump |
E o presidente norte-americano Donald Trump sabe disso, que ele possui essa limitação (vamos assim dizer) que impede que ele tome uma atitude, mesmo vendo o ditador norte-coreano muito próximo de alcançar a meta de criar um arsenal nuclear que seja capaz de atingir os Estados Unidos.
O míssil balístico intercontinental lançado pela Coréia do Norte essa semana, pode sim alcançar o Alasca, segundo alguns especialistas. James Mattis secretário de defesa dos Estados Unidos disse que mesmo que fosse um ataque limitado, a Coréia do Norte poderia ser a responsável por um dos ataques mais horríveis que o ser-humano já presenciou.
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| Míssil Intercontinental |
E pior, não existe um precedente histórico como referência para se ter uma ideia do que um ataque à um país que possui armas nucleares pode ocasionar.
A primeira vez que os Estados Unidos estudou fazer isso foi em 1994, bem antes da Coréia do Norte começar a ter frutos em seu plano militar nuclear.
William J. Perry, secretário de defesa norte-americano, na época, desistiu de tocar o projeto em frente, pois sabia que mesmo naquela época, um conflito como esse poderia gerar uma guerra que vitimaria centenas de milhares de pessoas.
O problema é que o tempo passou e a situação ficou muito pior. O risco hoje é altíssimo. Isso porque de acordo com projeções, a Coréia do Norte já deve ter mais de uma dúzia de bombas nucleares. Segundo alguns especialistas, esse número pode ser até maior que doze e colocadas essas bombas em mísseis para ataque, com certeza Coréia do Sul e Japão seriam os mais atingidos.
No começo do mandato, Trump mandou tropas para a região e deu à entender que queria passar um recado para Coréia do Norte e China que os Estados Unidos iriam intervir militarmente, mas nos discursos recentes vemos um presidente mais comedido, disposto ao diálogo. Sugerindo mais sanções econômicas da China na Coréia do que um ataque propriamente dito.
Os Estados Unidos possuem ciência que um ataque desse, não era certeza de sucesso, pois a maioria do arsenal norte-coreano se encontra muito bem guardado em bases subterrâneas e de difícil acesso.
Por outro lado, especialistas acreditam que num primeiro momento, Kim não iria atacar com armas químicas e ou nucleares, temendo justamente isso também dos Estados Unidos, mas isso não quer dizer que ele não atacaria ferozmente os países vizinhos que possuem bases norte-americanas instaladas.
A guerra que foi interrompida em 1953, se voltasse à acontecer, seria de um prejuízo incalculável para a Coréia do Sul. A desvantagem geográfica faria esse país sofrer com esse possível contra-ataque norte-coreano. Mais de 10 milhões de pessoas vivem em Seul, que fica à 80 kms da Zona Desmilitarizada. Imaginem governo, população, empresas, tudo é concentrado numa megalópole gigantesca.
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| Arsenal militar norte-coreano |
8.000 canhões e lançadores de foguetes da Coréia do Norte estão posicionados ao lado da Zona Desmilitarizada com capacidade para disparar até 300.000 projéteis na Coréia do Sul na primeira hora de combate. Isso com certeza causaria danos enormes, mesmo que sem qualquer uso de armas químicas ou nucleares.
Jeffrey W. Hornung diz que a Coréia do Norte sabe que esse seria o confronto final. Ela não se entregaria sem antes lutar e isso provocaria um ataque fulminante.
Os canhões Koksan de 170 milímetros, os diversos lançadores de foguetes de 240 milímetros e os foguetes múltiplos de 300 milímetros poderiam atingir não só Seul como lugares depois de Seul.
O Instituto de Nautilus de Segurança e Estabilidade em 2012 publicou um estudo que é assustador. Ataques da Coréia do Norte à bases militares poderiam provocar 3.000 mortes e quando tratamos de civis, esse número se multiplica para 30.000 pessoas.
A Coréia do Sul até tem um sistema antimísseis, mas nada se comparado ao Domo de Ferro Israelense. O sistema Thaad foi recentemente instalado e ainda possuem Patriot e Hawk Mas eles não são eficientes para destruir mísseis que sejam mais baixos.
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| Seul - Coréia do Sul |
Seul conta com mais de 3.300 abrigos anti-bombas na cidade. Além de prédios que possuem sistema de evacuação, mas mesmo assim, logo nos primeiros dias, mais de 60 mil pessoas poderiam ser mortas e em alguns dias esse número poderia alcançar incríveis 300.000.
O fato é que todos os estudos norte-americanos, sul-coreanos, japoneses, preveem uma tragédia sem precedentes e isso de alguma forma dá segurança para o ditador norte-coreano continuar lançando mísseis e irritando ainda mais os Estados Unidos.
Os jornais The New York Times e The Guardian o primeiro norte-americano e o segundo britânico, chegaram essa semana até a considerar a possibilidade de um conflito real.
Robert Einhorn especialista em segurança e política externa do Instituto Brookings de Washington acredita que as pessoas estão exagerando, não é tão preocupante como dizem, mas dificilmente os Estados Unidos conseguirá convencer a Coréia do Norte à se desfazer de seu armamento, até mesmo porque eles veem isso como sua sobrevivência.
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| Crianças sul-coreanas |
A China, se posicionou recentemente pedindo para que Coréia do Norte e Estados Unidos parem de se provocar. Os chineses ainda são os fornecedores de muitas coisas que entram na Coréia do Norte e são vistos pelos norte-americanos como vitais para que a situação seja resolvida diplomaticamente. Por outro lado, a China em Janeiro, já disse aos Estados Unidos que também é a favor da desmilitarização norte-coreana, resta saber se Kim-Jong un estará disposto à abrir conversa seja com a China ou com os Estados Unidos.
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| Xi Jiping presidente chinês |
Nós ficamos na torcida para que encontrem uma solução pacifica pois o mundo já tem conflitos demais acontecendo nesse exato momento em que escrevo esse artigo. Milhares de mulheres e crianças inocentes morrem todos os dias, em conflitos como alguns que ocorrem em território africano e outros no oriente médio. Síria, Afeganistão, Iraque, Irã preenchem todos os dias o noticiário de guerra, com notícias tristes que queríamos não ter que reproduzir. Não muito distante o uso de armas-químicas que é negado por Bashar All Assad, mas que para outros, não existe mais dúvidas de que foi sim, usado isso contra civis, muitos inocentes como crianças perderam as vidas.
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| Bandeira da paz! |
A guerra, só traz dor e sofrimento. Sim, também da lucro para alguns, mas o que é o dinheiro perto de vidas?? A paz tem que ser sempre um norte, para qualquer nação.
Fontes:
The New York Times
The Guardian
Folha de São Paulo
Blasting News
Globo.com
UOL Notícias
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