LET ME IN (Deixe-me Entrar)


LET ME IN (Deixe-me Entrar)



A dica de hoje fica por conta do filme Let me In de 2010. Dirigido por Matt Reeves o filme conta a história de Owen (Kodi Smit-McPhee) e Abby (Chloë-Grace Moretz) que se conhecem no condomínio aonde Owen mora com a mãe, em Los Alamos, Novo México.

Owen é um garoto solitário que vê sua vida virar um inferno na escola, depois que três garotos quase que diariamente começam à fazer bullying com ele. Mas tudo muda, quando Abby vem morar perto dele, para ser mais preciso, parede com parede.

Abby para quem não está lembrando do nome da atriz e associando à algum outro personagem, nada mais é da garotinha bonitinha de Horror em Amityville, sim, aquela mesma que dizia conversar com os mortos. Seu nome como já disse acima é Chloë-Grace Moretz.

Chloë-Grace Moretz

Mas voltando ao filme. Abby chega na vila de Owen com um homem mais velho, que a príncipio não sabemos qual é o grau de parentesco dele com ela. Ele saí à noite para trazer o sustento para ela e nesses momentos de solidão, ela conversa com Owen, hora na área comum do condomínio, hora de dentro do próprio quarto, fazendo o uso de códigos, que são batidas na parede.

Paralelo à chegada de Amy, que de alguma forma mexeu com Owen, vemos os ataques à ele aumentarem cada vez mais na escola. O bullying que os meninos da escola fazem com ele, ficam cada vez mais pesados e ao tentar pedir ajuda ao pai, que é separado de sua mãe, Owen vê pouca disposição em estar presente.

Vemos nesse filme, um tema muito comum em filmes que envolvem crianças e adolescentes norte-americanos que é a indiferença dos pais. Em algumas situações por estarem separados, ou em outro prisma, em situações em que os pais são ausentes mesmo. É reincidente vermos nos filmes norte-americanos, filhos cobrando atenção dos pais.

Mas esse filme não trata só desse assunto, fala do bullying também. As cenas em que vemos Owen sofrendo nas mãos dos meninos, para quem é pai, dói demais. Ficamos imaginando que pode ser com o nosso filho e não estamos lá para protegê-lo.

Além disso, a amizade entre Owen e Amy, tem aquela inocência singela, tocante, o diretor soube muito bem trabalhar esse aspecto do contato dos dois. A princípio Amy um pouco arredia, não querendo muito se envolver, depois vemos os dois muito unidos e uma cumplicidade muito grande dos dois.

Um detetive investiga mortes misteriosas e durante o filme, algumas coisas são explicadas. Não vou me estender muito, pois quero muito que vocês assistam, tenho certeza de que vão gostar.

Outra coisa, que preciso citar, é o voyeurismo do jovem Owen, que alimenta seu desejo de vingança pelos garotos da escola, observando o que acontece na vizinhança. Em alguns momentos ele observa um casal que mora perto da casa dele, em outro momento, ele observa outros vizinhos até que Amy chega e toma toda sua atenção. 

Esse filme foi elogiado pelo Stephen King, então toda sutileza dele, somada à uma bela fotografia, bons diálogos, fazem desse filme uma boa opção para quem gosta de um filme de terror, não muito explícito, algo ligeiramente mais sutil.  Também tem um q de Romeu & Julieta, inegável para quem vê o filme.

Quem assistiu Deixe Ela Entrar (2008), filme sueco, diz que ele é melhor que esse de 2010, mas eu mesmo não tendo assistido o filme que deu origem à esse que estou resenhando, não tiro os méritos de Deixe-me Entrar. Uma coisa que já ia esquecendo de dizer, é que o diretor desse filme, é o mesmo que fez Cloverfield e o ator que interpreta Owen, Oskar (no original sueco), também trabalhou no filme A Estrada.













 

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