DOCE VINGANÇA 3 - A VINGANÇA É MINHA

DOCE VINGANÇA 3 - A VINGANÇA É MINHA- (Crítica do The Informetal)

Título Original: I spit on you grave: Vengeance is Mine- 2015

poster japonês do filme

Assisti finalmente à esse filme de R. D. Braunstein, filme de 2015, que continua a história de Jennifer Hills, o filme já teve outras duas edições. Na verdade, o filme é um remake de um filme de 1978, de mesmo nome: I Spit On Your Grave ou em português A Vingança de Jennifer. E assim como chocou o povo em 1978, obviamente nenhum estúdio de cinema iria investir em algo assim, que não pudesse chocar ainda mais. Acredito eu, que o diretor não esperava o sucesso que fez e por essa razão, do sucesso, resolveu fazer a continuação e agora, mais um filme.

cartaz do filme de 1978

Devemos deixar bem claro antes de tudo, que o segundo, não se passa com a protagonista do primeiro, é outra história a parte e até pensei que teria um correlação do 2 com o 3, mas não teve.

cena do 2


Poster do 1

Mais um poster do filme de 78

Como isso aqui se trata de uma crítica, quem não quer saber nada do filme, por não ter assistido ainda, recomendo não ler.

Agora quem já assistiu e quer ter uma outra visão do filme, aproveite o texto que é uma crítica do The Informetal.

cena do primeiro filme

Passado os eventos traumatizantes do primeiro filme, Jennifer Hills (Sarah Butler), decide fazer sessões com uma psiquiatra e não satisfeita com o resultado, entra para um grupo de ajuda a vítimas de abuso sexual.

No grupo ela conhece algumas pessoas e em pouco tempo faz amizade com uma garota em especial que participa desse grupo. A garota tem uma pegada bem "revolts" assim como ela Jennifer e não demora para ela se identificar com essa garota.

Mas em pouquíssimo tempo de amizade, ela recebe a péssima notícia de que a sua mais recente amiga é assassinada e que o ex-namorado dela, é o principal suspeito.

Pronto, era o que precisava para Jennifer, que se apresenta nesse filme como Angela, voltar novamente a alimentar ideias de vingança.

Jennifer sempre pensativa...

O filme trabalha muito o olhar da mulher que sofre um trauma e do olhar delas, parece que todo homem que se aproxima, é um tarado/ maníaco / estuprador em potencial. Tanto é que na empresa aonde Jennifer trabalha, um rapaz que tenta se aproximar dela, leva altos foras, justamente por Jennifer estar assim tão aversa à qualquer tipo de homem. Tudo bem que cá para nós, o rapaz era bem insistente...rss

Mas como íamos dizendo, o ponto de partida para despertar o ódio novamente na protagonista, é a morte repentina de sua amiga de grupo.

A partir daí ela vai atrás do tal ex-namorado de sua amiga e não sossega só nele, vai de homem em homem que na visão dela, merece uma lição. Tem o padrasto de uma menina que frequenta o grupo e que supostamente abusa da menor de idade, tem pessoas na rua que vivem provocando e assustando Jennifer, enfim, ela não tem mais limite.

É legal como o filme trabalha esse lance do que é certo ou errado. Tudo bem, Jennifer sofreu uma violência assim como centenas de mulheres sofrem todos os dias, mas será que é certo ela passar por cima da morosidade da justiça e tentar resolver as coisas com as próprias mãos?

Aqui vale uma observação. A India é o país com maior número de estupros no mundo. E o Brasil vem em segundo. São dados realmente assustadores.

Agora como se trata de um filme, vale até a protagonista se vestir de maneira provocante, como uma estudante colegial, para atrair as vítimas, como mostra na imagem abaixo:

Angela provocando...

Outro ponto interessante é que por alguns momentos, concordamos em parte com ela, parece que quando acontece algo com um homem, as autoridades dão mais valor, agora quando é uma mulher não. O fato é que Jennifer perde a mão e o grupo que serviria para ajudá-la a passar por cima dessa fase tão terrível de sua vida, faz com que ela fique cada vez mais motivada em fazer vingança.

Só que o filme muda tanto se comparado ao primeiro, que pensamos até que é outra franquia e não a I Spit On Your Grave que conhecemos.

Imagem de promoção do filme

No primeiro filme, ela, uma escritora, resolve ir para um lugar isolado para terminar de escrever um livro e lá é atacada brutalmente por diversos homens, inclusive pessoas que eram para estar defendendo as mulheres de gente assim.

Ela ressurge das cinzas, como uma espécie de fênix vingadora e caça um a um dos seus agressores. As cenas de tortura são de virar o estômago e talvez foram justamente essas cenas, que fez o filme fazer tanto sucesso.  Afinal, para muita gente é bom, ver gente ruim se dando mal.

Mais uma cena do 3, Jennifer se veste de mulher fatal


Agora voltando ao filme número 3, que é que estamos comentando, o grupo de apoio às vítimas possui apenas um homem. E esse homem está no grupo justamente porque a filha dele teria sido violentada por um professor de academia.

Por alguns momentos, pensamos até que esse homem, possa ser um desses tipos que Jennifer tanto odeia, mas quando ela própria ouve a história do homem, sente tanta dó dele e da filha, que resolve fazer justiça para ele também. Seu nome é Oscar (Doug McKeon) e na minha visão, foi um dos personagens mais interessantes do filme depois de Jennifer.

E essa suspeita se deu, porque toda vez que a polícia ia atrás das pessoas do grupo para tentar entender o porque de mortes estarem acontecendo, Oscar era um dos primeiros a se incomodar, mas ele se incomodava não pela polícia estar fazendo o trabalho dela, mas sim por achar que nada disso traria a filha dele de volta. Ele guardava uma revolta dentro de si, um senso de injustiça eterno que nunca iria passar.

O detetive, a amiga de Jennifer, a psicóloga ao meu ver, são personagens importantes para a história, mas que não trazem nada de muito relevante.

Em seus 92 minutos, o filme mais chama atenção do que simplesmente decepciona. É lógico que muita gente criticou a maneira diferentona como o diretor tratou essa terceira edição, mas no final é um bom filme.

Sarah Butler

Sarah Butler que até então era desconhecida de muita gente, ficou conhecida por causa dessa franquia e não estranhe de ver ela protagonizando outros trabalhos, porque a atriz se doou de corpo e alma à I Spit On Your Grave.

Outra coisa que vale ressaltar, é o fato de não mostrar um parente sequer da protagonista. Irmã, irmão, pai, não se sabe nada da vida dela, além de que ela trabalha e que sofreu uma grande violência no passado.

Acredito até, que possa ter um quarto filme da série, tudo vai depender da vontade de Sarah Butler viver novamente a personagem e dos estúdios tentarem mais uma vez, extrair algo dessa história.


Nota 6.2














 


















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